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segunda-feira, 14 de março de 2011


Black Swan


Ontem,até que enfin,fui assisrtir ao filme Black Swan(Cisne Negro)posso dizer que sim,superou minhas espectativas(eu moro no interior de SP,por isso só chegou no cine esse fds #atrasada).
Gostei do conteúdo,filme interessante...muita ''ação'' e um pouco de ballet.Nátalie Portan como sempre deu vida a sua personagem,e conserteza Ocar merecido!!!
Encontrei no blog ''Espaço a'' uma visão de profissonais na área de psicanálise sobre o filme,resolvi colocar para vocês ver,e,quero saber o que acharam de Black Swan!?!?


Sobre o filme:

Black Swan – palco, corpo, arte. Elementos fundamentais tanto para uma neurose quanto para uma psicose. Tanto para uma histeria quanto para uma paranóia.

O espectador trilha com a protagonista Nina Sayers (interpretada - ou encarnada? - pela extasiante Natalie Portman), um caminho pela construção da feminilidade.

Nina é uma balarina em busca da perfeição, significante este que é tomado ao pé da letra. Capturada pelo desejo da mãe (Barbara Hershey), na própria extensão do desejo materno, a me”nina” busca arduamente ser a primeira bailarina da companhia em que dança.

Com a aposentadoria da primeira bailarina, Beth (Winona Ryder), a moça enxerga a sua chance de alcançar o tão almejado papel de cisne no ballet que o seu professor pretende montar.

Rapidamente o espectador percebe que muitas das cenas que são retratadas no filme são interpretações de Nina, e que justamente por isso, nem sempre condizem com a realidade. Fenômenos de despersonalização, alucinações visuais, delírios persecutórios.

Mas não é por isso podemos considerar que se trata de uma psicose. Pois ora, as neuróticas (e os neuróticos) também deliram! Histéricas alucinam, obsessivas têm seus delírios Desejo e corpo, podem nos apontar para a histeria, perfeita-mente (aliás, não há advérbio melhor para fazer referência a este filme)

Somos postos diante de uma construção edípica em uma relação simbiótica entre mãe e filha. Inserida em, uma relação devastadora com a mãe, Nina aparece em cenas onde sua mãe a trata como uma criança. Vestindo-a, pondo-a para dormir, cortando as suas unhas (ou garras? - prato cheio para metáforas).

Porém, há um elemento fundamental, faltante para a triangulação edípica neurótica. A figura paterna. Não se sabe do pai, não se diz no nome-do-pai.

Podemos pensar em um primeiro momento, que Thomas, o diretor (Vincent Cassel), ocupa um papel masculino para Nina, quando a incentiva à busca de sua sexualidade, quando a seduz, parecendo desejar a mulher que Nina pode vir-a-ser. Mas o que Thomas incita, é apenas a bailarina que há em Nina. Ele demanda da me”nina”, a perfeição, demanda esta, já conhecida pela garota. Mas não se trata da perfeição que a garota já descobriu, semblante da garota recatada, assexuada e irritantemente doce. A perfeição que Thomas lhe pede é da ordem da sedução, da espontaneidade, da expressão.

É aí que podemos perceber que as relações de Nina são unicamente especulares. O corpo mexe, o espelho não responde. Alucina uma briga com Lilly (Mila Kunis), quando é também pelo espelho, que o espectador vê que a luta é consigo mesma. Cisne branco e cisne negro. Pulsão de vida e pulsão de morte. Princípio de prazer e princípio de realidade.

E por falar em Lilly, poderíamos tomá-la como a outra, por qual Nina se apaixona, tal qual Dora se apaixonara pela Srª K. Mas por falta de recursos, por falta de palavras, por falta de falta, parece que é o Outro persecutório que Nina enxerga em sua amiga. Cisne negro encarnado, Nina precisa matá-la para poder fazer existir o seu próprio cisne negro, a sua sexualidade, o seu corpo.

Para se fazer existir em seu cisne negro, Nina é intimada a rebelar-se com o mundo materno, em busca de sua sexualidade. Deixa de ser doce com a mãe para lhe dar respostas atrevidas, joga seus bichos de pelúcia no lixo. É o cisne negro aparecendo. É a busca pela perfeição caminhando a passos largos.

Mais do que dançar ou interpretar, Nina se torna o próprio cisne. Observamos dedos dos pés, colados como os de cisne, asas que ensaiam aparecer em suas costas.
Pois o que há é uma busca pelo significante da perfeição, aparentemente, e não pelo significante feminino.

Cisne negro é um desencadeamento de cisnes brancos e negros em cada espectador. Ingênuo aquele que pensa que pode sair impune ao assisti-lo. É na cena final que Nina diz “Eu me senti perfeita”. Ela consegue sentir-se perfeita. Falta a falta. Eis o perigo de se alcançar a sensação da perfeição....pois já não é mais preciso viver.
texto tirado do blog :
"Espaço a" - Instituto de Psicologia e Psicanálise - Curitiba - PR

5

5 comentários:

Betty Gaeta disse...

Oi Barbara,
Gostei bastante do filme, embora tenha achado um tanto deprê. A atuação da Natalie Portman está irretocável. Ela mereceu o Oscar.
Bjkas e uma ótima de semana para vc.

http://gostodistonew.blogspot.com/

Thaís Araújo disse...

Eu não acredito que eu ainda não assisti o filme!
Parece ser tudo de bom...

Beijos.
www.consumisse.blogspot.com
@thaharaujo

Unknown disse...

Quero muito assistir esse filme, adorei as colocações, beijos.
byemilyferreira.blogspot.com

Tati Canto disse...

Ainda não assisti, acredita?!?!
Bjs, Tati
http://loveshoesblog.wordpress.com
@loveshoesblog

Ana Lange disse...

Eu ameiiiiiiii o filme. A Natalie mereceu muito o Oscar!!

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